Quando A Pessoa Precisa Fazer Inventário: Obrigatoriedade, Prazos E Opções Extrajudiciais

O processo de inventário é de extrema importância no âmbito jurídico, pois se trata da apuração e distribuição dos bens deixados por um falecido. 

É fundamental compreender as circunstâncias em que a realização do inventário se torna obrigatória, bem como os prazos legais envolvidos. Além disso, é preciso conhecer as opções extrajudiciais disponíveis e a relevância de consultar um advogado especialista nesta área.

Obrigatoriedade do inventário:

De acordo com o Código Civil Brasileiro, o inventário torna-se obrigatório quando ocorre o falecimento de uma pessoa e há bens a serem partilhados entre os herdeiros. Independentemente do valor ou quantidade desses bens, é necessário realizar o inventário, visando garantir o correto encaminhamento da sucessão patrimonial.

Importância de fazer o inventário o quanto antes:

Fazer o inventário o quanto antes é vital para evitar problemas futuros. A demora na abertura do processo pode acarretar em prejuízos aos herdeiros, como o bloqueio dos bens imóveis ou a impossibilidade de usufruir da propriedade e comercialização dos mesmos.

Além disso, o inventário é indispensável para que haja a regularização da situação jurídica dos herdeiros, permitindo a devida transferência de propriedade.

Multas pelo atraso na abertura do inventário:

Em alguns estados brasileiros, a legislação prevê a aplicação de multas para aqueles que ultrapassam o prazo legal para abrir o inventário.

Por exemplo, segundo o Código de Normas Notariais e de Registro do Estado do Rio de Janeiro, o atraso na abertura do inventário pode resultar na aplicação de uma multa de até 10% sobre o valor do patrimônio a ser partilhado.

Possibilidade de realização extrajudicial do inventário:

Desde 2007, a Lei nº 11.441/07 possibilita a realização do inventário e da partilha por meio de escritura pública, no Tabelionato de Notas.

Essa opção extrajudicial costuma ser mais rápida e menos onerosa, desde que não haja conflitos entre os herdeiros.

É importante lembrar que nem todos os casos se enquadram nas condições para realização extrajudicial, sendo crucial consultar um advogado especializado para avaliar a viabilidade dessa opção.

A importância de procurar um advogado especialista:

Buscar a orientação de um advogado especializado em inventários é imprescindível para garantir a adequada condução do processo. Um profissional qualificado pode auxiliar os herdeiros na escolha da melhor estratégia, seja ela judicial ou extrajudicial, evitando possíveis erros e agilizando o procedimento.

Conclusão:

O inventário é indispensável para regularizar a sucessão patrimonial após o falecimento de uma pessoa, independentemente do valor ou quantidade dos bens a serem partilhados. Fazer o inventário o quanto antes, conforme a legislação estabelecida, é essencial para evitar problemas futuros. Além disso, a possibilidade de realizar o inventário de forma extrajudicial, por meio de escritura pública, pode ser uma alternativa mais ágil e econômica. No entanto, é fundamental consultar um advogado especialista para receber orientações adequadas e garantir a correta condução do processo.

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